Linhas do Destino

PERSONAGENS

Descubra os personagens que dão vida à saga Linhas do Destino. 
Cada um trilha sua própria jornada, marcada por desafios, sonhos e segredos que se entrelaçam no fascinante mundo mágico de Everthot.

Turnaround – Capa do 1° Livro

A capa de Linhas do Destino não é apenas uma ilustração, mas um convite para mergulhar nos mistérios que se revelam ao longo da jornada. Cada detalhe foi cuidadosamente colocado para despertar a curiosidade do leitor e antecipar fragmentos do universo mágico que encontrará nas páginas.

A rosa mágica, discreta e enigmática, carrega consigo segredos que só serão revelados quando o destino decidir florescer diante dos olhos do protagonista. O Confidencial, guardião de informações ocultas. Já o castelo de Nicholas em Everthot, silencioso e imponente, esconde histórias antigas.

Assim, a capa de Linhas do Destino é um vislumbre do que está por vir: um mundo de magia, batalhas, revelações e escolhas que mudarão para sempre o rumo daqueles que ousarem atravessar suas páginas.

Histórias Complementares – Livro 1

Das páginas íntimas dos diários de Matthew King às turbulentas reflexões da mente inquieta de Nicholas Charming, estas histórias revelam segredos ocultos, dilemas profundos e momentos que o destino preferiu manter em silêncio... até agora. 

Entre o Inferno e a Beleza | Livro 1 • Capítulo 2 • Página 65

— Meu Deus... em que pesadelo eu vim parar? — Isabela murmurou para si.

Orion, o cavalo alado em que fugira, pousou com destreza na floresta, embora suas asas houvessem esbarrado nas árvores que pareciam se fechar em torno dela e de Nicholas... que estava caindo?

O coração de Isabela disparou ao ver o corpo do rapaz — o mesmo que a salvara — jogado ao chão, debatendo-se em espasmos.

— Ele morreu... — sussurrou, sentindo o pânico se misturar a uma estranha inquietação.

A floresta a envolvia com sua atmosfera opressora, sufocante. Não sabia sequer se aquilo era um sonho, pois seus beliscões não a despertavam.

— Não... não agora... — a voz do rapaz escapou entre dentes, carregada de dor.

Isabela estremeceu quando galhos próximos se quebraram sozinhos, embora a égua alada de Nicholas, Clarol, já tivesse pousado. Um arrepio percorreu-lhe a espinha: havia algo mais ali.

Seguiu com os olhos os passos invisíveis que corriam até o jovem em convulsão.

— Ele está... convulsionando de novo? O que eu faço? — perguntou-se, desesperada.

— Lute, Nicholas... — uma voz sussurrou, vinda do nada.

— Nicholas? — repetiu, erguendo as sobrancelhas. — Então esse é o nome dele? Achei ter ouvido alguém dizer isso... — murmurou, sem ter certeza. — Nicholas... tão comum. 

Isabela murmurou, preparando-se para descer do cavalo com cautela, pois havia, sem dúvida, um fantasma pairando ao redor do rapaz.

— Não podemos chamar atenção... — advertiu a voz do fantasma, carregada de angústia.

Isabela, apesar do medo, não pôde deixar de reparar: — Um rapaz absurdamente lindo... bruto, insano, mas... lindo. — seu coração acelerou, sem saber se pelo fascínio ou pelo terror daquele lugar maldito.

O som de criaturas se aproximando a fez gelar. Desceu apressada.

— O que está acontecendo com você? — sussurrou para o rapaz caído. — Pelo amor de Deus, você é a única pessoa que encontrei nesse inferno! Preciso de você para me tirar daqui!

Foi então que percebeu: no exato instante em que a mão de Nicholas se ergueu, era como se alguém invisível o tivesse puxado de volta. Ele arfou, sacudindo a cabeça, respirando como quem retornava da morte.

Seus olhos encontraram os dela. Escuros, sombrios, intensos. O arrepio que percorreu a espinha de Isabela foi como uma lâmina fria.

— Você... está bem? — ela sussurrou, quase inaudível.

Monstros começaram a se arrastar pela escuridão, cercando-os de todos os lados.

— Você — Nicholas agarrou o braço dela, e Isabela corou de imediato. — Ajude-me com os cavalos.

Não soube dizer se o toque durara muito ou pouco, mas bastara para que confiasse, mesmo que por um instante, naquele brutamontes insano e atormentado.

Ela assentiu e segurou firme as rédeas de Orion.

— Nicholas... — murmurou, lançando-lhe um olhar diferente, enquanto o via acariciar o rosto da Clarol e firmar as mãos na correia da égua.

Confissões de Matthew ao Diário | Livro 1 • Capítulo 14 • Página 404

Querido diário... ou sei lá como devo te chamar.

Faz tanto tempo que não escrevo. Estou há dias sem um minuto de paz.
Hoje vou contar sobre alguém que conheci na última aventura que tive em Everthot. Eu não sei o nome dele, então passei a chamá-lo de Confidencial.
Mas hoje vou fazer diferente. Como o próprio nome já diz… tudo sobre ele é confidencial. Absolutamente tudo. Então vou tentar organizar meus pensamentos numa pequena lista com o que consegui descobrir (ou imaginar):

Ele não conta nada sobre si — nem o nome, nem o mundo de onde veio. Só sei que uma vez me levou para um lugar estranho, meio futurista, meio antigo... bem a cara dele.
Idade? Mistério. Aparenta ter a minha, mas nunca mostra o rosto. Se eu não fosse tão educado, já teria arrancado aquele capuz só pra matar a curiosidade.
O que consegui espiar: barba média, lábios rosados e olhos escuros. Ah, e ele não tem aquele corpo de guerreiro padrão — é fofinho. Perigosamente adorável, inclusive.
Tem magia? Não sei! Mas ele surge do nada, como se brotasse das sombras do tempo, me chamando de "Esquilo" (sério, por quê?) — e desaparece logo depois, como se fosse feito de vento.

Resumindo: ele é um samurai sexy e misterioso. Tem agido como meu anjo da guarda e, sinceramente? Eu vivo arriscando a vida... então, é bom ter alguém cuidando das minhas costas.
Confidencial é um enigma que ainda vou desvendar.
Ou melhor… ele vai acabar se rendendo, só pra me ver parar de tentar adivinhar tudo sobre ele.

Agora preciso ir. Narciso e eu estamos prestes a fazer besteira.

O Ciúme de Isabela | Livro 1 • Capítulo 14 • Página 425

Não acredito que estou passando por isso. Nenhuma mulher deveria ser colocada nessa situação humilhante.

— "Divirtam-se..." — murmurou com desdém, encarando Matthew e Nicholas rindo na montanha-russa. — Dois lunáticos desfilando por aí com armaduras, como se estivessem num teatro de loucos...

Até ontem, era por mim que Nicholas Charming corria atrás. Bastaram vinte minutos para que tudo mudasse. De repente, é como se eu não existisse mais. Toda a atenção dele agora pertence a esse tal de Matthew King.
Urgh! Que raiva! O que esse cara tem que eu não tenho? Vontade de morrer? É isso que o torna tão interessante?

Num impulso de frustração, Isabela chutou a própria mochila. Arrependeu-se no mesmo instante, sentindo a dor pulsar nos dedos. Sentou-se novamente no banco do parque, cerrando os punhos.

Como eu queria que esse fosse o meu mundo... Se fosse, eu simplesmente voltaria para casa e me recusaria a vê-lo novamente. Odeio depender de alguém. Odeio mais ainda me sentir descartável.
Mas vou suportar esse ódio. Um dia, me libertarei dessas pessoas autodestrutivas. Nem que precise me congelar por dentro para isso.